O Brasil perdeu uma posição no ranking de maiores produtores mundiais de
aço, mostrou ontem a Worldsteel Association ontem. Segundo os dados da
entidade, que acompanha os 66 principais mercados da siderurgia global, o
volume produzido pelas usinas brasileiras ficou em nono lugar, ultrapassado
pela Turquia.

Conforme o Instituto Aço Brasil já havia informado, a produção de aço bruto
ficou em 30,2 milhões de toneladas em 2016, fruto de uma queda de 9,2%.
Esse volume atende por 1,85% do total fabricado no mundo, ante 2,06% no
ano anterior. Além disso, o nível representa uso de capacidade instalada do
país em torno de 57%. No mundo, a taxa de utilização foi de 69,3%.

Os números da Worldsteel apontaram produção de 1,63 bilhão de toneladas
dos 66 países acompanhados no ano passado ­ ou seja, crescimento de 0,8%
, em um ano em que analistas previam recuo. Só a China, líder do ranking
com 49,6% de participação, fabricou 808,4 milhões de toneladas, aumento
de 1,2%.

Em relatório, a consultoria Capital Economics lembra que o fechamento de
usinas obsoletas e o aquecimento da atividade industrial animaram as
siderúrgicas a produzirem mais na China, especialmente porque o preço do
aço reagiu positivamente.

Daqui para frente, ressalta a instituição, o cenário parece ser mais de queda
do que de alta. “Na nossa visão, o mercado já está mais do que abastecido, o
que sugere que os preços vão cair”, escreve a analista Caroline Bain.

A Worldsteel informou ontem também que, na Ásia, sem contar os chineses,
a produção atingiu 306,7 milhões de toneladas, uma expansão de 2,5%. Os
Estados Unidos, que estão em quarto no ranking de produção, fabricaram
78,6 milhões de toneladas em 2016, 0,3% a menos. A Rússia produziu 70,8
milhões de toneladas, com leve recuo.

Os dados da associação apontam para aceleração no fim do ano. Só em
dezembro, as siderúrgicas fabricaram 134,1 milhões de toneladas, 5,5% a
mais em comparação anual e aumento de 1,3% sobre novembro. Só na China,
houve crescimento de 3,2% sobre dezembro de 2015 e de 1,4% em relação a
novembro, para 67,2 milhões de toneladas.

No mês passado, a Ásia, excluindo China, produziu 25,4 milhões de
toneladas, com avanço de 6,3% (considerando a região) e de 2,7% ­ a
siderurgia chinesa.

Para os EUA, o ritmo subiu ainda mais no fim do ano do que o resto do
mundo. Em dezembro, foram 6,6 milhões de toneladas produzidas, com
aumento de 11% na comparação anual e de 6,3% perante novembro. Na
Rússia, respectivamente, houve alta e 8% e 4%, para 6,2 milhões de
toneladas.

Fonte: Valor Econômico

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