Foram suspensas taxas adicionais de até 46% cobradas sobre o produto brasileiro

A retirada, pelos Estados Unidos, das salvaguardas às exportações de aço laminado a frio do Brasil, que vigoravam havia mais de cinco anos, foi registrada em nota divulgada hoje pelo Ministério da Economia.

A medida foi anunciada pelo governo norte-americano no último dia 19. Foi acatado o argumento apresentado pelo Brasil, pelo qual a extinção das medidas não levará à retomada do suposto dano material causado à indústria do país importador. O dano é um requisito para adoção do direito antidumping.

Foram suspensas taxas adicionais de até 46% cobradas sobre o produto brasileiro. “Não houve alterações nas medidas sobre os mesmos produtos cobradas de outras origens (China, Índia, Japão, Coreia do Sul e Reino Unido), tendo sido o Brasil o único país excluído”, informa o ministério.

Essa decisão se soma a medida adotada pelo governo britânico no dia 23 de junho, que excluiu o Brasil de aplicação de medida de salvaguarda na venda de chapas de aço e produtos de aço laminados a frio, que vinham sendo sobretaxados em 25%, nas vendas que ultrapassavam determinado limite.

“O Brasil comprovou às autoridades britânicas que os volumes de exportação do País enquadravam-se em critério de isenção autorizado pelo Acordo sobre Salvaguardas da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, diz a nota do Ministério da Economia. Nos dois casos, diz o texto, a pasta atuou em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores. Os EUA e o Reino Unido são dois dos principais mercados para o aço brasileiro, informa a nota. Em 2019, o Brasil exportou cerca de US$ 7,3 bilhões em produtos siderúrgicos ao mundo, dos quais mais de US$ 3,4 bilhões foram destinados a esses dois mercados.

Fonte: Valor Investe GLOBO

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