O aço é um dos materiais mais importantes para as sociedades modernas. Seja na construção civil ou na mecânica, trata-se de um metal estratégico para o avanço da economia mundial. Tamanha utilidade, no entanto, esconde uma das indústrias mais poluentes do planeta. Isso porque a maneira mais comum de fundir o ferro atualmente é responsável por jogar na atmosfera uma imensa quantidade de dióxido de carbono, o principal gás causador do efeito estufa.

Não à toa, ao lado das indústrias do petróleo e do carvão, o setor do aço vem sendo cobrado pelo papel que exerce na crise climática. Uma saída sustentável encontrada pela siderurgia nos últimos tempos é o “aço verde”.

Gigantes do setor, como o conglomerado multinacional ArcelorMittal, a alemã Thyssen e a chinesa Baowu Group já demonstraram preocupação em diminuir suas emissões de carbono. De acordo com a Agência Internacional de Energia, sediada em Paris, as emissões de poluentes das siderúrgicas devem ser reduzidas a pelo menos metade até 2050 para que as demandas globais de redução sejam atendidas.

P ara isso, as empresas estão pondo em prática ideias que até então estavam restritas aos laboratórios. Em um projeto piloto da siderúrgica sueca SSAB, por exemplo, a ideia é usar um sistema já existente, o FRD (ou “ferro reduzido diretamente”). Ao substituir o gás natural injetado nas fornalhas que produzem o FRD pelo gás hidrogênio, a companhia pretende reduzir as emissões de dióxido de carbono a zero.

No Brasil, apesar da pandemia, segundo o Instituto Aço Brasil, a produção de aço em janeiro alcançou o maior patamar desde janeiro de 2019. Para o resto do ano, a projeção é de que haja um aumento de 6,7%, bem como aumento de vendas internas e exportações, ressaltando a importância da vacinação em massa e da retomada da economia com ajuste fiscal.

Em fevereiro, a Vale anunciou o ingresso no pool investidor da startup norte-americana Boston Metal, aportando US$ 6 milhões, na condição de minoritária. A empresa criada por especialistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), com investimento de Bill Gates, desenvolveu uma tecnologia para produção de aço virgem usando eletricidade, o que corta a emissão de poluentes.

Fonte: Abril

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