Nem os clientes foram comunicados ainda, mas a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) se antecipou à rodada de aumentos no preço do aço e vai elevar o preço da commodity em até 18%, já em maio. O vice- presidente Comercial da companhia, Luis Fernando Martinez, disse que o reajuste acompanha a alta do dólar e os preços elevados do aço no mercado externo sem falar no minério de ferro. Segundo ele, colocando tudo na ponta do lápis, a matéria prima encareceu 150%, em reais. Em janeiro de 2020, o dólar estava a R$ 4,04 e o minério a US$ 90. Hoje, o câmbio oscila em torno de R$ 5,50, enquanto o minério está em um patamar entre US$ 192 ou US$ 193, a tonelada.

Será o quarto aumento da CSN apenas neste ano. A companhia reajustou os preços em 15% em janeiro, mais 15% em fevereiro e 10% em abril. A partir de sábado, 1o de maio, os preços vão subir 18% no laminado a frio, 16,75% na folha metálica, 16,5% no laminado zincado, no galvalume e no pré pintado, e 16% no laminado a quente.

Numa tentativa de reduzir os custos das compras no exterior e, ao mesmo tempo, apoiar a produção doméstica, o Ministério de Finanças chinês afirmou que irá zerar as tarifas de importação sobre ferro gusa, aço bruto e matérias primas de aço reciclado e ferrocromo. Não bastasse esse impulso na demanda do país, Martinez explica que o governo chinês retirou incentivos à exportação de bobina a quente, a fim de conservar a produção no mercado interno. Assim, a tendência é que os preços internacionais subam muito, já que as siderúrgicas chinesas não bastam para abastecer o mercado doméstico e tampouco competirão por outros mercados.

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