A Worldsteel, associação que reúne as principais fabricantes de aço do mundo, divulgou nesta segunda-feira (16) comunicado atualizando as projeções de demanda do material para 2017 e 2018. Segundo a entidade, o crescimento deve ser de 7% em 2017, para 1,62 bilhão de toneladas, na comparação anual.

A associação, no entanto, destaca que parte significativa do avanço acontece por conta do desligamento dos fornos de indução elétrica na China, categoria que não é capturada pelas estatísticas da entidade. “A demanda deste setor do mercado agora é satisfeita pelos principais fabricantes de aço e, portanto, capturada pelas estatísticas oficiais em 2017”, afirmou, em nota.

Excluindo essa transferência de produção, a alta deve ser de 2,8% este ano.
Para 2018, a expectativa é que a demanda de aço suba 1,6%, para 1,65 bilhão de tonelada.
Excluindo a China, a demanda deve avançar 2,6% em 2017, para 856,4 milhões de toneladas, e 3% em 2018, para 882,4 milhões de toneladas.

“Os riscos para a economia global a que nos referimos em nossas projeções em abril de 2017, como aumento do populismo/protecionismo, mudanças na política dos Estados Unidos, incertezas nas eleições da União Europeia e desaceleração da China, embora permanecendo, diminuíram em algum nível”, afirmou T.V. Narendran, presidente da Worldsteel, em comunicado.

O executivo destacou como principais riscos atuais a tensão na península da Coreia, problemas de endividamento na China e o protecionismo em alguns países.
“Desta forma, a demanda mundial de aço está se recuperando bem, impulsionada em grande parte por fatores cíclicos e não estruturais”, completou Narendran.

Para a China, a entidade projeta demanda ajustada em alta de 3% este ano.
Incluindo o desligamento dos fornos de indução, a demanda no país asiático deve crescer 12,4% em 2017 e ficar estável no ano que vem.
Nas América do Sul e Central, incluindo o Brasil, a projeção é de elevação de 2,5% este ano, para 40,4 milhões de toneladas, e de 4,7% no ano que vem, para 42,3 milhões de toneladas.

“Os países da América do Sul se beneficiaram lentamente até agora da recuperação da economia global. No Brasil, a continuidade da atividade deprimida na construção conteve a recuperação da demanda em 2017, mas espera-se uma recuperação mais forte em 2018”, informou o comunicado. 

Fonte: Instituto Aço Brasil

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